terça-feira, 30 de dezembro de 2008

2008 já era !!!

Pessoal, vou viajar e voltarei dia 04 de janeiro. Em 2009 estaremos de volta com muitas fotos. Desejo a todos, boas festas, juízo e um ano novo com muitas realizações. Deixo aqui, para fechar esse ano com chave de ouro, uma fotinha que fiz da minha sobrinha, Ana Luiza. Nasceu em novembro e tem uma vida toda pela frente. Toda vez que dorme, começa a sorrir.

Até 2009, pessoal !!!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Astrofotografia. Você também pode fazer.

Quando ouvimos falar em astrofotografia, logo imaginamos enormes telescópios e aparelhos óticos complexos. No entanto, para se começar a fotografar alguns objetos e fenômenos astronômicos são necessários poucos equipamentos. Algumas fotos legais que observamos por aí foram feitas com equipamentos bem simples. Mesmo com algumas limitações, é possível fazer fotos impressionantes usando o básico em equipamento fotográfico.

O que seria o equipamento básico?

Tripé - Um bom tripé é recomendável. Deve ser firme e que possibilite ajustar a câmera em diversas posições.
Câmera 35 mm reflex (SLR) - Dê preferência para as que são totalmente mecânicas e que tenham o modo "B" de velocidade. Como exemplo posso citar a própria Olympus OM-1 ou a Pentax K-1000. São excelentes câmeras para esta finalidade.
Lente - Recomenda-se usar a própria objetiva (50 mm). Normalmente são lentes claras e de ótima qualidade ótica com um custo inferior às demais lentes. Nada impede também de ser usar tele-objetivas, grande-angulares ou mesmo lentes do tipo zoom.
Cabo para disparar o obturador - É muito importante evitar qualquer contato manual com a máquina durante a exposição para a foto não sair tremida.
Filme - Inicialmente é aconselhavel um ASA 400 por ser um filme sensível com granulação pequena.

Vou continuar com esse papo posteriormente pois ainda há muito o que se falar sobre o assunto.


domingo, 28 de dezembro de 2008

Voigtländer, um nome de peso.












O nome desta empresa se deve ao seu criador,
Johann Christoph Voigtländer. Fundada em 1756, provavelmente é a marca mais antiga em se tratando de equipamentos óticos e câmeras fotográficas. Produziu a primeira "câmera fotográfica" toda feita de metal (daguerreótipo) denominada Ganzmetallkamera em 1841.

A Voigtländer foi também uma empresa responsável por lançar diversas novidades tecnológicas no mercado. Foi ela quem fabricou a primeira lente zoom em 1960 e também a primeira compacta 35 mm com opção para flash eletrônico.

Desde a sua criação, a Voigtländer teve parte de suas ações vendidas para outras empresas importantes como a Schering, Carl Zeiss, Rollei dentre outras. Hoje em dia a empresa Cosina tem licença para fabricar produtos com o nome Voigtländer.

Para saber mais, visite a web page da Voigtländer.

Também sou um feliz proprietário de uma RF Voigtländer. Sou muito orgulhoso de possuir uma câmera de uma marca tão importante na história da fotografia. A minha é uma Vitoret DR e foi produzida na Alemanha durante a década de sessenta.












Texto e foto: Guto Vilaça

sábado, 27 de dezembro de 2008

A lendária Olympus OM-1

A Olympus OM-1 estabeleceu novos padrões para a indústria das câmeras SLRs na época em que foi lançada (1972-1973) e até hoje é considerada uma jóia rara entre os colecionadores e entusiastas das analógicas. Muitos afirmam que é a SLR mecânica com o melhor desempenho já criada e foi através dela que a empresa Olympus Optical Co. ganhou respeito ao lado das grandes marcas japonesas. Por trás deste sucesso existe um nome: Yoshihisa Maitani. Maitani, ainda jovem, foi um habilidoso fotógrafo de certo destaque. Chegou a ganhar alguns prêmios por conta de suas fotografias. Formou-se em engenharia mecânica e entrou para a Olympus para trabalhar como engenheiro designer. Seu primeiro grande projeto foi a Olympus Pen. Esta "pequena" câmera foi um sucesso de vendas na época.

Em meados da década de sessenta, Maitani aceitou o desafio de projetar uma SLR que fosse totalmente inovadora. Desejava criar uma câmera de qualidade e que tivesse portabilidade. Imaginou uma câmera que tivesse o conceito de uma rangefinder no corpo de uma SLR 35mm. Ele não aceitava a idéia de criar mais uma SLR grande, pesada e barulhenta. Queria criar uma câmera versátil que somado a um conjunto de boas lentes e acessórios pudesse ser usada desde a fotografia microscópica até a fotografia astronômica.

Seguindo essa linha de pensamento, Maitani decidiu que iria projetar uma SLR de tamanho reduzido como a Leica IIIf. Queria um obturador preciso como o de uma Leica série M. O movimento do espelho teria que ser o mais silencioso possível. A rangefinder da alemã Leica sempre foi uma "câmera referência" para o Sr. Maitani.

O desenvolvimento da Olympus OM-1 foi proposto em janeiro de 1967 e aprovado um ano depois. Maitani pediu cinco anos para conceber o sistema OM. Muitos acreditavam que seria impossível criar uma SLR menor e funcional mas Maitani e sua equipe decidiram começar do zero, deixando de lado o conceito pré-estabelecido na construção de uma câmera. Reprojetou cada elemento estrutural da OM-1 separadamente, criando uma SLR inovadora. Para tanto, usou avançados conceitos de engenharia.

O ponto de partida foi utilizar melhor o aproveitamento do espaço físico no corpo da câmera, reduzindo assim o seu tamanho. Tudo foi pensado minuciosamente. Para resolver a questão da ergonomia, utilizaram dados obtidos através da medição do tamanho de milhares de mãos em todo o mundo.

Mesmo sendo uma SLR mais compacta, a OM-1 foi projetada para ser durável (coisa rara hoje em dia) e bastante resistente ao desgaste natural. A meta era criar um obturador três vezes mais resistente que as outras SLRs japonesas da época e isto foi feito. Foram usados tratamentos térmicos dos metais empregados na fabricação do corpo e de todas as peças. Os parafusos usados também foram estudados detalhadamente e contribuíram com a redução do peso. A precisão mecânica foi um cuidado especial que tiveram na sua fabricação. Até o sistema de lubrificação foi diferenciado. Utilizaram alternativas ao óleo de lubrificante da graxa que era normalmente usado. Maitani estudou e analisou todas as causas possíveis dos ruídos excessivos numa câmera SLR e reduziu ou eliminou um por um.

Finalmente, em 1972, a Olympus OM-1 (primeiramente denominada M-1) foi lançada durante a Photokina. Em 1973, começou a ser comercializada. Com sua tecnologia inovadora, o sistema ganhou respeito rapidamente e também despertou certa rivalidade entre os fabricantes. A própria Leitz (Leica) protestou, alegando que já utilizava a letra M em suas máquinas. Para evitar possíveis conflitos, a Olympus mudou o nome da sua SLR para OM-1. Poucas unidades com o antigo nome foram fabricadas e hoje são peças valiosas, cobiçadas entre os colecionadores.

Maitani também fez questão de usar lentes de qualidade no seu equipamento. Segundo ele, de nada adiantava uma máquina inovadora sem uma ótica à altura. Para compor o conjunto, o sistema OM foi equipado com as lentes Zuiko que tem uma ótica primorosa. Maitani queria lentes na sua OM-1 nos mesmos padrões de qualidade da Zeiss e da Leitz.

Mais de trinta anos se passaram e a Olympus OM-1 ainda mantém admiradores no mundo todo (eu, inclusive...rs). O Sr. Maitani tornou-se um dos nomes mais respeitados na sua área e sua obra-prima ainda consegue manter o título de uma das câmeras fotográficas mais bonitas e eficientes já construídas até hoje.

Texto: Guto Vilaça


Extra...extra !!! Breve aqui, imagens das minhas máquinas analógicas e algumas fotitas feitas com elas.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O que é daguerreótipo ???

Muitos registros afirmam que o francês Louis Daguerre foi o "inventor" da fotografia. Alguns questionam esse título dado a ele mas de fato Daguerre foi a primeira pessoa que conseguiu fixar uma imagem através da ação direta da luz. Em 1835, Daguerre manipulou uma chapa revestida com prata sensibilizada com iodeto de prata e verificou a revelação de formas difusas. Ele constatou que o agente revelador foi um mercúrio que vazou de um termômetro quebrado e que se espalhou sobre a chapa. Mais tarde, ele aprimorou o processo usando chapas de cobre sensibilizadas com prata e tratadas com vapores de iodo. Usou o mercúrio novamente como agente revelador e sal de cozinha como fixador. Sua invenção ficou denominada daguerreótipo e foi assim que a fotografia ficou conhecida durante décadas.

Não escrevi essa notinha sobre o
daguerreótipo no meu blog por acaso. Assim como Louis Daguerre, nós estamos sempre descobrindo imagens fascinantes através da fotografia.

Para saber mais, clique aqui.